domingo, 23 de setembro de 2012

A mina da arte e do poder

O dono da Microsoft compra curioso esconderijo subterrâneo

para guardar seu riquíssimo acervo fotográfico
adaptado de Revista Época - 07/2004


Bill Gates fundou a empresa Corbis em 1989. Fez acordos com os principais museus e bibliotecas de todo o planeta e começou então a digitalizar e colecionar as imagens do acervo artístico e cultural de toda a história da humanidade. Hoje seu acervo é o maior arquivo do mundo de registros fotográficos da história do homem sobre a Terra.

O homem mais rico do mundo sabe muito bem a importância da preservação da história e da cultura e dentro de pouco tempo um único ser humano terá o monopólio das imagens digitalizadas de todo o acervo histórico, artístico e cultural da humanidade.

As imagens são comercializadas pela internet. Seus 11 milhões de cromos, negativos e papéis amarelados foram levados dos escritórios de Nova York e Seattle (antiga sede da empresa) para a nova sede, muito original.

“Foi um achado. Fica 65 metros abaixo do solo !”, explicou o megaempresário. 
Para reunir e preservar seu milionário lote fotográfico, Gates comprou uma mina de ferro no coração da Pensilvânia, oeste dos Estados Unidos. Batizada de Iron Mountain (Montanha de Ferro). A mina foi explorada pelos americanos durante a Segunda Guerra Mundial e chegou a funcionar como esconderijo. O clima seco e a temperatura amena - cerca de 16 graus Celsius - dos 36 quilômetros de túneis de calcário são ideais para armazenar as fotos. Por semana são escaneadas e tratadas até 100 imagens, a maioria delas inédita e pertencente ao famoso acervo Bettmann, a mais antiga coleção de fotografias do mundo. “É uma corrida contra o tempo. Parte do material já está deteriorada”, disse Steve Davis, presidente da Corbis. Os 1.600 profissionais que trabalham na mina precisam ser rápidos. É comum vê-los atravessar as cavernas a bordo de carrinhos de golfe, o meio de transporte permitido lá dentro, num cenário que prece ter sido inspirado nos filmes de James Bond da década de 60.




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Além de ditador era ladrão de arte

adaptado dehttp://salvoconduto.blogs.sapo.pt/15712.html em Agosto de 2008

Está na Internet, desde sexta-feira passada, no site do museu histórico alemão, a Coleção Linz, a coleção privada de arte de Hitler, que contém cerca de 5000 obras de arte que foram roubadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha e nos países ocupados.

Pela primeira vez é disponibilizado ao público um banco de dados completo sobre a coleção privada do ditador, que durante anos colecionou obras de arte com a idéia de montar um grande museu na cidade de Linz e que antes de Berlim cair foram escondidas numa mina de sal.

Entre as predileções do Führer, destacam-se as pinturas de paisagens idílicas dos velhos professores e do movimento romântico do século 19, assim como obras de autores alemães e austríacos.

No catálogo estão obras de Rembrandt, Rubens, Canaletto, Franz von Stuck, Tintoretto, Brueghel, Cranach e Delacroix, entre outros.
Hitler era um artista frustrado. Violinista e pintor, foi barrado na Escola de Belas Artes e nunca escondeu tal frustração. Sempre foi um grande admirador da arte e possuidor de uma cultura invejável. Apesar de ser um facínora, sabia muito bem o valor da arte, da cultura e da história. O prazer do belo, daquilo que dá sentido à vida e que nos diferencia dos animais. Como se fosse o “Dono do Mundo” (caricaturado por Chaplin no filme homônimo), o grande ditador quis ter a humanidade nas mãos através da posse de todo o seu legado artístico, cultural e histórico.

Ainda bem que perdeu a guerra !