O vídeo "Você nunca mais vai comer batata frita do McDonalds depois de assistir isso" do ativista Michael Pollan é muito interessante pois a discussão não é sobre batatas.
O exemplo das batatas fritas do McDonald's é apenas um pretexto para que se discuta o nosso modelo de economia e sociedade, onde as corporações globais não mais apenas disputam mercados, mas criam mercados ao criarem demandas a partir da criação de desejos.
O desejo pela "batatinha X" ou pelo "tênis Y" ou pelo "carro Z" força a criação da citada "economia de escala com ineficiência", como diz Pollan.
O desejo pela "batatinha X" ou pelo "tênis Y" ou pelo "carro Z" força a criação da citada "economia de escala com ineficiência", como diz Pollan.
A padronização global dos desejos de consumo permite a produção em escala, a redução de custos, a maximização dos lucros e as consequentes concentração de renda e geração de externalidades (ambientais e sociais).
A economia de escala com ineficiência é ineficiente não porque deixa de atingir os objetivos mercadológicos propostos. Ao contrário, sob este ponto de vista, é uma estrutura que garante altos lucros.
Esta ineficiência advém do fato de que este tipo de "eficiência econômica imediatista" é disfuncional, do ponto de vista sistêmico, ao próprio capitalismo. Considerando que o trabalho humano (ainda) é fundamental no capitalismo e que a qualidade da mão-de-obra depende - como sempre dependeu - da saúde do trabalhador, então a eficiente economia de escala dada por esse insalubre sistema produtivo gera, a médio prazo, a citada ineficiência sistêmica.
Os sintomas dessa ineficiência já são sentidos, principalmente onde a eficiência econômica (ou seja a alta produtividade) é observada. Veja por exemplo o caso do aumento da obsesidade na população estadunidense. Lá este problema é tão grave que impacta negativamente no sistema de saúde e nas contas públicas. Ou seja, a eficiência econômica provoca um problema de saúde pública que acaba minando os recursos (econômicos) para o sistema de saúde. A eficiência gera ineficiência. Essa situação coloca Adam Smith, o papa do liberalismo econômico, de cabeça pra baixo. Podemos dizer que os benefícios privados (os lucros empresariais, no âmbito da microeconomia) geram vícios públicos (a sangria dos recursos públicos, no âmbito da macroeconomia). Essa situação trava os sistemas de saúde norte-americanos, incha a previdência, onera absurdamente as contas públicas, gerando crise econômica e social e impossibilita, em última instância, a própria maximização da exploração do trabalho pelo capital, uma vez que o trabalhador - cada vez mais doente - ainda é, apesar de todos os muros derrubados, o principal objeto da exploração capitalista.
Os sintomas dessa ineficiência já são sentidos, principalmente onde a eficiência econômica (ou seja a alta produtividade) é observada. Veja por exemplo o caso do aumento da obsesidade na população estadunidense. Lá este problema é tão grave que impacta negativamente no sistema de saúde e nas contas públicas. Ou seja, a eficiência econômica provoca um problema de saúde pública que acaba minando os recursos (econômicos) para o sistema de saúde. A eficiência gera ineficiência. Essa situação coloca Adam Smith, o papa do liberalismo econômico, de cabeça pra baixo. Podemos dizer que os benefícios privados (os lucros empresariais, no âmbito da microeconomia) geram vícios públicos (a sangria dos recursos públicos, no âmbito da macroeconomia). Essa situação trava os sistemas de saúde norte-americanos, incha a previdência, onera absurdamente as contas públicas, gerando crise econômica e social e impossibilita, em última instância, a própria maximização da exploração do trabalho pelo capital, uma vez que o trabalhador - cada vez mais doente - ainda é, apesar de todos os muros derrubados, o principal objeto da exploração capitalista.
As grandes corporações são cegas e sedutoras o bastante para fazerem proliferar suas campanhas de marketing global para a padronização dos gostos, da produção, com a consequentemente redução de custos e maximização dos lucros. O mundo corporativo e publicitário segue criando, usando e abusando seus apaixonantes e premiados slogans globais. "I'm loving it" foi lançado pela corporação citada no vídeo na Alemanha, em 2003. O famoso "Just do it" de outra mega corporação, ou ainda o emblemático "Open happiness" de outra gigante global são alguns dos mais belos exemplos desse nosso novo mundo.
Enfim, continuemos a seguir nessa contramão histórica, política, social e, como vemos, também econômica, cujo destino final não é outro senão o abismo.
E ao vencedor - se sobrar algum -as batatas!
E ao vencedor - se sobrar algum -as batatas!
Veja o vídeo "Você nunca mais vai comer batata frita do McDonalds depois de assistir isso", com Michael Pollan, em: https://www.youtube.com/watch?v=rbZBJT358_Y